PE - Elementos norteadores a construção do processo de autoavaliação no PPGEO
O processo de autoavaliação nos PPGs no Brasil, sugerido pela CAPES, objetiva oferecer subsídios as estratégias necessárias ao aprimoramento da gestão de indicadores, que permita ensino de excelência voltado a formação dos discentes com a capacidade de desenvolver pesquisas que traga, como contrapartida, respostas a resolução dos problemas da sociedade. A CAPES entende que a autoavaliação favorece a construção da identidade, heterogeneidade e envolvimento dos programas avaliados, para além dos padrões mínimos garantidos pela avaliação externa. A autoavaliação constituí de prática muito utilizada internacionalmente e pode trazer mais subsídios ao desenvolvimento dos PPG em Geografia e nortear as tomadas de decisão, que implicarão em mudanças na condução e melhorias das ações do Programa.
.A autoavaliação é compreendida como processo de avaliar a si próprio. Seu principal objetivo é formativo e de autoconhecimento e constitui um processo e não um produto, em que a qualidade dos resultados está estritamente relacionada ao grau de envolvimento dos envolvidos. Os resultados são mais bem apropriados quando são frutos deste trabalho participativo em que o processo avaliativo passa a ser conceituado e autogerido pela comunidade, o que permite aos avaliados a possibilidade de organizar o conhecimento e os efeitos (impactos) que este conhecimento traz a entidade avaliada. Para tanto, o processo deve ser planejado, conduzido, implementado e analisado por pessoas formuladoras e agentes das ações a serem avaliadas. Este processo resulta na reflexão sobre os contextos e as políticas a serem adotadas, além da sistematização dos dados que levam a tomada de decisão, a partir da identificação dos pontos forte e fracos do sistema avaliado.
É um processo que requer olhar interno para avaliar as próprias estruturas; as atividades e uma gama de processos complexos, envolvidos por uma pluralidade inerente a avaliação do processo de aprendizagem. Esta complexidade se acentua ainda mais quando se considera um PPG em Geografia, devido a sua essência enquanto ciência. Neste processo, o PPG deverá considerar que o seu papel, segundo a compreensão da Capes, é o de priorizar a formação discente, e não unicamente o resultado obtido na produção do conhecimento.
Para além das complexidades e pluralidades que envolvem o processo de autoavaliação, é de fundamental importância que a autoavaliação mantenha uma atitude almejando ao mesmo tempo o passado e o futuro. Enquanto processo dinâmico, deve ser realizada em um esforço coletivo de elaboração e implementação de metas e ações desenvolvidas pelos atores envolvidos. De acordo com Galdino (s/d), o fato de a autoavaliação constituir um instrumento avaliativo de autoconhecimento, o gestor e toda a equipe envolvida deverá desenvolver um processo avaliativo com olhar mais atento as qualidades e fragilidades da instituição ou da entidade avaliada.
Ainda de acordo com o referido autor, para que a avaliação cumpra o seu papel, há necessidade de sistematizar as informações coletadas; analisar coletivamente os significados de suas realizações; desvendar formas de organização, administração e ação; identificar pontos fracos, bem como pontos fortes e potencialidades e; finalmente, estabelecer estratégias de superação de problemas. Portanto, a autoavaliação é uma ação planejada, conduzida, implementada e analisada pelas pessoas diretamente envolvidas nas ações a serem avaliadas. Assim, ela é um rico e importante instrumento a reflexão sobre o contexto e a efetividade das políticas adotadas e permite ainda, o ordenamento das informações e dados relevantes que facilitarão o processo de tomada de decisão.
Neste sentido, é importante salientar que a autoavaliação nos PPGs, ao envolver os atores (docentes, discentes, egressos e técnicos administrativos), induzirá a um processo de amadurecimento dos docentes/pesquisadores e dos discentes no sentido de corresponsabilização, colaboração e engajamento na melhoria do stricto sensu, da qualidade da formação de pesquisadores e da prática democrática na pós-graduação brasileira. Como resultado, este processo subsidiará tomadas de decisão que implicarão em mudanças na condução das ações do programa, de forma a atingir excelência ao conduzir a pós-graduação para a produção de conhecimento mas, também, na formação discente.
Ressalta-se que estes elementos têm sido referência no processo de autoavaliação do PPGeo/IESA, implementado ao longo do quadriênio 2017- 2020, especificamente a partir do ano de 2017. No presente contexto, o Programa contempla o processo de Autoavaliação condizente com as perspectivas da CAPES, com base no Documento de Área (36); ele é coerente com aquelas utilizadas pela instituição, conforme Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI (2018-2022) e orientações da PRPG-UFG.
Utilizando como referência os elementos ora apresentados e a importância do PPGeo a formação dos discentes ao desenvolvimento da produção e divulgação do conhecimento dos eixos ensino, pesquisa e extensão, buscou-se sensibilizar docentes, discentes e técnicos administrativos a participação coletiva na preparação, implementação, divulgação e uso dos resultados e na meta-avaliação do processo de autoavaliação do programa.