O plano de desenvolvimento institucional da Universidade Federal de Goiás 2018/2021 (PDI/UFG)

A Universidade Federa de Goiás-UFG tem a missão de produzir, sistematizar e sociabilizar conhecimentos e saberes, formando profissionais e cidadãos comprometidos com o desenvolvimento da sociedade. Em seu Plano de Desenvolvimento Institucional, equivalente ao Planejamento Estratégico da Universidade, a UFG apresenta 14 políticas institucionais: (1) de ensino, (2) de pesquisa e inovação, (3) de extensão e cultura, (4) de infraestrutura e administrativa, (5) de planejamento, avaliação e de assistência, (6) de ações sociais e de assistência, (7) de internacionalização, (8) de comunicação, (9) de diversidade, inclusão e acessibilidade, (10) de gestão de pessoas, (11) de tecnologia da informação, (12) de atenção a saúde e segurança do servidor, (13) de esporte e lazer, e (14) ambiental e sustentabilidade. Em seu Plano Quadrienal de 2018-2022, a UFG apresenta brevemente cada uma dessas políticas e direcionamentos que devem ser seguidos durante o quadriênio e aprimorado/detalhado nos períodos seguintes.

Dessas políticas gerais, o Planejamento Institucional apresenta 62 objetivos e metas, detalhados em uma série de ações para cada um desses objetivos e metas. No que diz respeito explicitamente a pós-graduação stricto sensu, nosso caso, existem 21 objetivos e metas: OM4 (Elevar em 10% anualmente, a mobilidade estudantil regional, nacional e internacional), composto por 4 ações; OM5 (Fomentar projetos e programas de ações afirmativas ou voltados para a promoção da diversidade e do respeito a pluralidade de ideias), composto por 6 ações; OM6 (Aplicar a resolução de cotas, de modo a promover a inclusão de pretos, pardos e indígenas nos curso de pós-graduação), com 4 ações; OM8 (Fomentar a articulação entre Educação Básica, Graduação e Pós- graduação), com 6 ações; OM9 (Consolidar os Programas de Pós-Graduação stricto sensu na UFG, aumentando em 25% o número de cursos de Doutorado, em 20% o número de cursos com nota 4 ou 5 nas avaliações da CAPES e dobrando o número de cursos de excelência, com notas 6 e 7 na CAPES), com 3 ações; OM10 (Criar Programas de Pós-Graduação stricto sensu em áreas estratégicas para o desenvolvimento tecnológico e científico, em âmbito estadual e nacional, alcançando acréscimo de 10% de novos cursos de Pós- Graduação, preferencialmente nas UAs e UAEs que ainda não possuem tais cursos), com 6 ações; OM13 (Fortalecer Programas de Pós-Graduação lato sensu voltados ao desenvolvimento tecnológico e científico, em âmbito estadual e nacional), com 5 ações; OM15 (Ampliar e dar visibilidade a produção científica, tecnológica e artística da UFG), com 7 ações; OM19 (Estimular e promover os ambientes de inovação da UFG), com 13 ações; OM21 (Ampliar a base de pesquisadores bolsistas em produtividade (PQ) e em desenvolvimento tecnológico (DT) e a captação de recursos para pesquisa, inovação e transferência de tecnologia), com 5 ações, OM 27 (Ampliar em 30% a participação de alunos de graduação, de pós-graduação e docentes em ações de extensão entre 2018 e 2022), com 8 ações; OM 38 (Realizar intervenções visando a melhoria dos processos de planejamento, avaliação e informação institucional), com 4 ações; OM41 (Desenvolver os procedimentos técnicos referentes a produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos), com 8 ações; OM 45 (Incrementar e melhorar o atendimento das demandas sociais da UFG), com 8 ações; OM 51 (plicar a Resolução de Cotas, de modo a promover a inclusão de pretos, pardos e indígenas nos cursos de Pós-Graduação), com 4 ações; OM53 (Elevar em 10%, anualmente, a mobilidade estudantil interna, entre as instituições públicas do Estado de Goiás e entre instituições federais de ensino superior), com 4 ações; OM54 (Promover a mobilidade internacional acadêmica e administrativa da UFG para o exterior), com 5 ações; OM55 (Promover a atração e a recepção de estudantes e pesquisadores estrangeiros), com 4 ações; OM56 (Promover a inserção da UFG em programas, projetos e atividades internacionais que envolvam ensino, pesquisa, inovação, extensão e cultura), com 4 ações; OM57 (Promover a internacionalização em casa), com 5 ações; OM58 (Promover a diversificação dos eixos geográficos de atuação), com 2 ações.

Detalhadamente, a pós-graduação stritcto sensu da UFG segue CINCO princípios norteadores: (1) compromisso com a formação de recursos humanos altamente qualificados nos níveis de mestrado e doutorado, capacitando-os para atuação na docência, na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias inovadoras que beneficiem a sociedade por meio de conhecimento científico, artístico e tecnológico, (2) a integração entre os programas de diferentes áreas (interdisciplinaridade) e de diferentes instituições, no Brasil e no exterior (cooperação institucional e internacionalização), ampliando o potencial de pesquisa do corpo discente e docente, (3) a cooperação entre os cursos de graduação e pós-graduação da UFG nas diferentes áreas do conhecimento, entendendo que a existência da pós-graduação consolida a graduação, ação essa que incide, por sua vez, na ampliação de demanda qualificada para os processos seletivos e corrobora a permanência nos cursos de mestrado e doutorado, (4) a inserção regional contínua por meio do desenvolvimento de ações que permitam resolver os problemas da sociedade, sem perder de vista as concepções da ciência em escala mundial e utilizando-as para que as ações regionais sejam as mais efetivas possíveis, e (5) a atuação e a inserção acadêmica dos docentes, conforme objetivos e metas dos planos de desenvolvimento institucional das IES do País, reconhecendo que a pós-graduação é o principal espaço indutor das atividades de pesquisa e inovação tecnológica na UFG.

Detalhando esses princípios, a UFG destaca a importância de investir em internacionalização, em pesquisas interdisciplinares e interinstitucionais, que são o cerne dos investimentos da gestão nesse período. Assim, o alinhamento do Planejamento do PPG em Geografia da UFG, que na penúltima avaliação recebeu nota 6, e na última, apesar de ter recebido nota 6 do comitê, teve a nota rebaixada para 5. Muito embora o Planejamento Estratégico tenha sido concebido já no final da avaliação quadrienal, algumas das ações adotadas pela coordenação do programa se alinharam naturalmente aos princípios do Plano Institucional de Desenvolvimento 2018-2022. Esse cenário geral já apresenta precisamente como o programa se insere na universidade, estando alinhado a necessidade de investir em internacionalização, haja vista que é um programa atualmente avaliado com nota 5. Essa estrutura conceitual sobre o planejamento estratégico da UFG coexiste com aquela da adotada pela CAPES apesar de ser diferente, que considera seis grandes eixos para esse planejamento nos programas de pós-graduação: (1) impacto e relevância econômica e social; (2) inovação e transferência de conhecimento; (3) o programa – projeto pedagógico; (4) produção do conhecimento; (5) internacionalização; e (6) autoavaliação e planejamento para desenvolvimento futuro. Embora na classificação geral o marco classificatório tenha bases conceituais distintas, onde o adotado pela UFG é mais pragmático, o adotado pela CAPES segue uma perspectiva estruturalista, mais baseada em princípios conceituais, os fins são os mesmos.

O afunilamento do planejamento macro (todas as esferas de uma universidade, ou todas as áreas de conhecimento), para o micro (um PPG específico) implica na definição de objetivos, metas, com suas respectivas ações e indicadores específicos a realidade da área a qual o programa pertence e sua história. Foi recomendado, que o Planejamento estratégico encampasse (1) ações de incremento da produção e divulgação científica, (2) ações de fomento a produção técnica e apoio as atividades de extensão, (3) ações de manutenção e atualização da infraestrutura de ensino e pesquisa, (4) implementação de políticas e iniciativas de ação afirmativa, e (5) participação de parceiros externos no processo de planejamento.

A PRPG/UFG, por meio de sua diretoria de Pós-graduação stricto sensu, realizou uma série de workshops no final de 2020 para orientar os coordenadores e o corpo docente de seus PPGs na materialização, na integração de seu PDI, com o Planejamento Estratégico proposto pela CAPES para os PPGs. Foram realizados 4 workshops, nos quais foram apresentadas as definições gerais da UFG para seus PPGs e também critérios genéricos considerados pela CAPES nos seis eixos. Assim, nesses workshops, a PRPG apresentou uma série de indicadores que, em curto, médio e longo prazo, materializaram os objetivos e metas da UFG junto a estrutura conceitual da CAPES em eixos, cabendo ainda a proposta de algumas ações no plano geral da pró-reitoria. É com base nessa convergência e articulações entre UFG, CAPES e PRPG/UFG, que o PPG em Geografia da UFG desenvolveu uma primeira versão de seu PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.